Direto de Eldorado!

Pessoal, estou escrevendo diretamente da área de embarque do Aeroporto Eldorado, na Colombia!

Em poucas horas estarei no Brasil!!!

O passado, o ouro e o presente

Hoje à tarde fui ao Museo del Oro, um museu Colombiano pertencente ao Banco de la República.

Ao entrar no taxi para ir ao museu eu já estava incomodado com um pensamento: Por que um país insiste em acumular milhões (se não bilhões) de dólares em um museu sendo que existem inúmeros mendigos nas ruas, pessoas passando fome e problemas com a saúde?

E isso já era para mim o suficiente para ter certeza de que a visita seria incrível, uma vez que para mim o único motivo de visitar um museu é ficar imerso durante horas em um raciocínio, pensamento ou sentimento, chegando a idéias completamente novas.

O museu era divididos em várias sessões. A primeira delas falava um pouco sobre a história das técnicas de mineração e metalurgia, fiquei lembrando das aulas de processos de transformação hahahah Sorte que eu já passei!

Depois disso as próximas sessões se tratavam de Cosmologia e Simbolismo, um lugar onde comentava-se muito sobre como os metais se relacionavam com temas míticos e religiosos, chegando a representar elementos da natureza. O ouro pro exemplo é o metal que representa o sol e seu poder de fertilização das colheitas.

Em seguida havia uma sessão que me fez ter uma reflexão muito legal, se chamava "La gente y el Oro en la Colombia Prehispanica". O ouro, antigamente, transformava os homens em deuses, com poderes para governar e influenciar como quisessem o povo. E por isso eles se vestiam assim. As pessoas que usavam mais artefatos de ouro tinham mais poderes divinos e portanto mais capacidade para governar e decidir pelo destino dos outros.

Abaixo desta roupa de ouro pode-se ler: "Ao cobrir-se de ouro, o cacique se apropriava das forças seminais e procriadoras do sol. Encarnava nessa terra os poderes dessa divindade do mundo superior."

Fiquei me perguntando, quanto mudou desde aquela época? Ainda vivemos num momento onde a política e a religião trabalham em função do "ouro." Hoje não vivemos mais em função do ouro propriamente dito, e sim em função de pedaços de papel que chamamos de dinheiro. Há algum tempo, estes pedaços de papel simbolizavam a quantidade de ouro que tínhamos e por isso traziam os dizeres "In GOLD we trust" (No ouro acreditamos) no entanto, chegou um momento que não havia mais ouro suficiente e começaram a emitir dinheiro com uma letra L a menos, dizendo "In GOD we trust." (Em Deus acreditamos). Ou seja, temos crenças um pouco mais estranhas que eles, afinal acreditamos em pedaços de papel.

Mesmo com essa crença estranha nossa política trabalha em função de manter a nossa economia. É por isso que nossos presidentes viajam, para fazer acordos entre países e garantir políticas de comércio e negócios que permitam a gente ganhar mais papel dinheiro. OK, a maluquisse não para por ai!

O governo necessita manter nossa economia bem, pois o bem estar social é gerado pelas organizações que trocam um produto ou serviço por papel dinheiro. Ou seja, se as corporações quebram ou param de trabalhar porque não temos mais papel dinheiro as pessoas ficam desempregadas, começam a passar fome e não tem onde morar. Nesse caso, estamos sendo governados para garantir que as pessoas possam acumular e se livrar do papel dinheiro, trocando ele por produtos ou serviços.

OK. E quem possui mais influência nessa lógica? Quem tem mais papel dinheiro! Afinal, coloque-se no lugar de um governante discutindo com um grande empresário e ele diz que se você tomar alguma medida que ele não quer ele vai fechar a indústria, deixando todos os milhares de funcionários desempregados e portanto, passando fome e morando na rua, afinal eles não terão mais papel dinheiro para pagar outros serviços. As coisas não funcionam tão diretamente assim, mas dá para sentir o drama?

E o mesmo acontecem com os governos de países com mais dinheiro. Eles possuem mais capacidade de influência do que os outros governos, pois diga-se de passagem, é possível trocar papel por armas.

E assim, aqueles que vestem sua armadura de ouro são deuses e possuem poder para decidir sobre o destino dos outros.

OK. E as religiões?

Partindo do princípio que deus existe, é onipotente, onipresente e benevolente (não quero entrar nessa filosofia nesse momento), surge algumas perguntas: Por que precisamos ir à uma igreja para rezar de deus está em todos os lugares, tem poder suficiente para me ouvir e quer o meu bem? Por que existem tantas pessoas em algumas religiões e poucas em outras sendo que elas usam o mesmo livro sagrado e, portanto, acreditam no mesmo deus? Se deus quer o meu bem e tem poder para tudo, para que ele precisa do meu dinheiro?

Basicamente, a lógica é que as religiões tem interesse em influenciar mais pessoas e fazer com que mais pessoas creiam nas mesmas coisas. Ou seja, o que acontece quando você paga para rezar: se tudo correr bem e não desviarem parte desse dinheiro, ele será usado para pagar o sacerdote, comprar mais terrenos, construir mais templos e fazer a manutenção dos templos anteriores. E esses templos e pessoas são usados para fazer mais gente pensar da mesma maneira. Ou seja, as religiões com mais papel dinheiro podem influenciar e converter mais pessoas do que as outras. Então, chega um momento que as religiões dependem também de estratégias para captação de papel dinheiro.

Woooow! Pera aí! Quer dizer que nossas religiões também são movidas por papel dinheiro e tem mais poder de influência aquelas que tem mais papel dinheiro? Exatamente.

E fica a critério de vocês pensar por que é interessante para as religiões ter mais influência que as outras.

Bom, chega de filosofia sobre ouro, governo e religião, vou terminar logo a história do passeio. Depois disso fui em uma sala chamada La Ofrenda, onde era possível sentir a sensação de que uma oferenda estava acontecendo! Prefiro nem colocar fotos sobre essa parte, afinal, a sensação da sala é incrível, mas necessita de todos os efeitos de luz e sons. Não quero estragar nem um pouco da surpresa. Essa, só visitando!

Espero que tenham gostado da reflexão! Caso queiram viajar um pouco mais nesses pensamentos eu recomendo os três filmes/documentários Zeitgeist que podem ser baixados grátis legalmente neste site: http://www.zeitgeistmovie.com/ .

Até a próxima!

Monserrate e um pouco de Cultura

Caros amigos,

gostaria de contar para você de um passeio que fiz há alguns dias! Fui a um lugar com 3152 metros de onde se pode ver Bogotá toda!

Para os torcedores brasileiros fanáticos que xingam os jogadores de futebol brasileiros que não aguentam correr quando jogam em lugares altos eu digo uma coisa: vocês nunca estiveram a 3152 metros de altitude! Andar alguns metros nessa altitude é o suficiente para você ficar morto de canseira!

Sem mais delongas, curtam algumas fotos da vista!

(Para os que não conhecem a definição da expressão c* na mão, sentem na muretinha de um lugar a 3152 metros de altitude)

Lá em cima há também uma igreja. Não é tão bonita como as da rússia, mas só de estar lá em cima já dá um ar especial heheheh

E lá em cima, como em qualquer lugar turístico também há muitas lojinhas de coisas artesanais e de coisas típicas da cultura do país.

Entre elas Folhas de Coca para mascar, Chá de coca e Hormigas Culonas (formigas comestíveis).

Há também Chocafé! Esse eu estou levando aos montes para o Brasil :)

Abraços e até o próximo post!

Encontrando Amigos

Olá blogosfera!

Após 7 anos caminhando, com a mesma roupa e sem tomar banho. OK, o drama não é tão grande. Passei tanto tempo sem postar simplesmente porque estava com preguiça ocupado.

A minha viagem para Colômbia me permitiu encontrar muitos amigos. E é sobre essas pessoas que vou falar hoje.

Quem já assistiu O Clube da Luta vai entender o que estou falando. Muitas vezes quando fazemos um intercâmbio ou vamos a uma conferência da AIESEC temos a sensação de fazer um networking de amigos e conversas porção única. Se você já teve essa sensação, gostaria de informá-lo que você está errado!

Essa minha viagem à Colômbia já tinha me feito encontrar Oscar Naranjo, Daniel da Cas e Angi. Mas nesses dias encontrei mais pessoas!

A primeira pessoa que vou contar nesse post é a Majo, vulgarmente conhecida por Maria José.

(Na foto: Eu, Majo e Dani)

Majo foi uma das Colombianas mais engraçadas que conheci em Moscou. Viciada em pearcings e tatuagens! Fim de semana passado fui com ela e o Dani em um bar tomar uma cerveja e trocar uma idéia. Novidades? Ela fez uma tatuagem hahaahh

No bar também estavam 2 amigos do Dani que tinham feito intercâmbio em Santa Maria!

E quarta feira, tive a oportunidade de ir a um dos bares que mais gosto e que existe no mundo todo: Hard Rock Cafe! E o melhor de tudo, fui junto com o Vinícius da USP, um amigo que conheci na primeira conferência da AIESEC que eu fui a CONAL 2008! Na época eu e ele éramos chefes de delegação.

(Vinícius, Guitarra do Red Hot Chilli Peppers e eu)

Foi muito massa a conversa! Lembramos da festa que fizemos na CONAL 2008 regada a tequila, do nosso grito de guerra "TEQUILAAAA!!! TESÃÃÃO !!!! QUEM MANDA NESSA PORRA É CHEFE DE DELEGAÇÃO!!!". Conversamos muito sobre a AIESEC, os caminhos que tomamos na organização, a faculdade, trotes, cultura, marketing e tudo!

Hoje no Brasil está acontecendo a CONAMN, uma conferência especial para membros novos. Com certeza muitos membros estão pensando que estão fazendo um networking porção única. Caros membros novos, vocês estão enganados. Vocês estão fazendo amigos para a vida toda!

Contos Esquecidos 5 - Dias de Fama

Olá pessoal,

continuando minha história sobre Valledupar... Agora direto ao que interessa! Trabalho!

Os dois dias que eu fiquei lá foram usados principalmente para fortalecer os contatos da AIESEC com as empresas e para garantir a divulgação da minha palestra sobre as oportunidades de intercâmbio no Brasil.

Não nego... Foram dois dias bastante cansativos, mas me fizeram viver momentos precisos da minha experiência AIESECa!

Fui entrevistado por 3 rádios, 2 programas de televisão ao vivo e tive uma notícia publicada num jornal local!

(Foto na primeira rádio que eu fui...)

(Foto num dos programas de TV)

E o link pra notícia: http://www.elpilon.com.co/inicio/%E2%80%98brasilombia%E2%80%99-proyecto-de-intercambio-para-jovenes/

Na noite da segunda feira, tive um jantar com um empresário de Valledupar parceiro da AIESEC e com o gerente de uma fábrica da Nestlé daqui. Ele queria falar comigo sobre as possibilidades de negócios com a AIESEC aqui, mas o fato curioso não era esse. A parte mais legal de tudo é que ele era um mineiro, formado em engenharia, que trabalha há 20 anos na Nestlé e já foi gerente de outras 2 fábricas no Brasil.

No jantar, falamos sobre tudo... Política, negócios, comida e sobre as dificuldades que é mudar de país com a família para crescer no trabalho.

Mais do que um jantar, aquela foi uma das melhores experiências de vida que já tive na AIESEC, que me fez refletir muito sobre o que estou buscando para meu futuro. E tudo isso com o sabor delicioso de Punta de Anca, uma carne excelente!

No dia seguinte foi minha palestra em Espanhol para mais de 80 pessoas! Foi um sucesso, tivemos muitos interessados em ir ao Brasil depois dela e com certeza a AIESEC em Valledupar fará um bom recrutamento nas próximas semanas!

Muito obrigado, Giovanni, por ter confiado em mim e me convidado para essa experiência fantástica!

Contos Esquecidos 4 - Valledupar

Pra ser sincero, Valledupar foi uma cidade que fui sem esperar nada. Achava que ia ser um desperdício de tempo visitar uma cidade que não era tão grande quanto as outras e com um escritório que estava no começo.

O fato foi que Valledupar foi uma surpresa tão grande que resolvi contar tudo em 2 posts. O primeiro sobre a cidade e a cultura e o segundo sobre o meu trabalho lá!

Valledupar é a terra do Vallenato, o estilo de música mais tradicional da Colômbia. Para os leigos como eu, se parece com uma mistura de forró com sertanejo cantada em espanhol. Mas o fato é que as raízes desse estilo vem de longa data e o estilo carrega tradições incríveis.

Infelizmente cheguei no domingo à Valledupar, no dia seguinte ao Festival Vallenato, um dos maiores eventos da Colombia. Para se ter uma noção da importância cultural deste evento, o site do google mudou por alguns dias sua página inicial para homenagear o acontecimento.

O pessoal foi extremamente receptivo, e assim que eu cheguei na cidade me levaram para conhecer o Rio Guatapuri, um rio importante da cidade e que o pessoal nada nele. É como se fosse a praia de Valledupar, tem vários quiosques e bares perto do rio e um pessoal fica todo em volta do rio. Os mais loucos pulam das pedras ou das pontes dentro do rio! (Essa foi uma das poucas vezes que eu não estava entre os mais loucos heheheh)

Depois fomos comer coquetel de camarões! Sim, caros amigos, coquetel de camarões! Basicamente é um copo com camarões, cebola picadinha, pimenta, ketchup e maionese! E o melhor é que dá para fazer com qualquer tipo de peixe ou fruto do mar!

De noite ficamos tomando breja até tarde de comi Patacones!

E por fim acabei ganhando um poncho muito massa!

O que aconteceu depois de toda essa experiência cultural, fica pro próximo post!

Contos Esquecidos 3 - Cartagena

Pessoal,

continuando aqui com os posts que ficaram pra trás, vou contar agora sobre minha breve visita a Cartagena, outra cidade da região do caribe...

No domingo da minha visita à Barranquilla, eu, o Oscar e o pai dele fomos para Cartagena encontrar com a Mãe do Oscar.

Fomos por uma estrada que passava por várias cidadezinhas até lá, onde pudemos parar para comer Arepas de Huevo, uma comida típica da Colômbia que parece um pastelzinho de milho com uns trem dentro.

Depois pegamos uma balsa que cruzava um canal.

(Pai do Oscar me explicando sobre o canal)

Depois disso fomos para um hotel de luxo, onde encontramos com a mãe do Oscar.

Depois fomos dar um rolê pela cidade pra eu conhecer. Foi muito massa, exceto pelo fato de que um motoqueiro bateu no carro do Oscar e amassou. Ai o pai do Oscar começou a conversar com o motoqueiro e o motoqueiro começou a chorar ahhahahah Seria cômico se não fosse trágico!

Pra terminar fiquem com a foto de um prato típico que comi lá em Cartagena!

Abraços!