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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Corpo e a Chama

Olá Brasil!

Após muitas horas escrevendo minha postulação resolvi dar uma descontraída! Agora vou escrever no meu blog!

E como não fiz nada além de preencher postulação hoje, falarei de 2 momentos que vivi nessa minha viagem que com certeza marcaram meu intercâmbio.

O primeiro momento foi a visita ao Mausoléu do Lênin.

Ao longo do caminho até a entrada, muitos guardas garantem que você não entre com câmera, celular, armas, mochila ou nada do tipo.

Ao entrar no Mausoléu, você é obrigado a tirar sua toca ou chapéu.

Nas escadas, mais um outro guarda.

E então você entra em uma sala pequena, com 12 guardas e um corpo no centro. Mas não é um corpo qualquer. Naquele ambiente triste, escuro e sombrio está o maior líder que já passou pela Rússia.

Seu rosto tem uma expressão séria e tranquila, com barba, bigode e cabelo bem arrumados. Sua mão direita fechada e a esquerda aberta mostram que ele não está morto, está apenas descansando.

Nem 2 minutos de passeio e acabou a visita! Sim, é só isso que tem lá!

E durante algum tempo me perguntei, o que leva um país gastar milhares e milhares de dólares para conservar o corpo de um homem? O que leva uma sala a ter 12 pessoas vivas cuidando de uma morta?

O fato é que aquele não foi simplesmente um homem. Ele foi o símbolo da revolução e da esperança dos trabalhadores de um país. Ele foi o maior herói de um país. Coisa que não estamos acostumados a ver no Brasil. Carecemos de heróis.

E isso me leva a outra reflexão bastante profunda e que faço questão de compartilhar com vocês. Se você morresse hoje, quantas pessoas chorariam? Quantas pessoas iriam no seu velório? Quantas pessoas visitariam seu túmulo? E daqui 100 anos?

Essa é a diferença de uma pessoa normal para a alguém que marcou seu tempo.

A segunda história é tão legal quanto e ainda tem um diferencial! Uma foto!!!!

Esta foto, tirada de longe, mostra a Chama Eterna.

Ao lado dela 2 guardas armados com rifles. Impedindo que alguém apagasse o sentimento de dor e sofrimento que os soldados mortos trouxeram.

E ai vai a segunda reflexão.

Por que uma pessoa que representa a esperança põe seu povo para morrer em uma guerra? Por que precisamos de armas para proteger um sentimento?

O fogo é o caminho mais fácil. A ambição tenta os valores. E o sorriso é uma arma que poucos sabem usar.

Se você realmente tem uma idéia boa, sorria, você pode convencer o mundo sobre sua idéia e não precisará usar o caminho do fogo.

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